Espero que todos tenham o prazer de conhecer o camaleão, aquele animalzinho que consegue se camuflar facilmente, e que ao contrário da crença popular, não é incolor, e nem muda de cor de acordo com a cor do ambiente: na verdade, a mudança de sua cor básica é expressão de uma condição física ou psicológica do lagarto.
Mas o que me deixa extremamente impressionada é a diferença entre o ser humano e camaleão, que no inicio podia ser considerado sinônimo de uma pessoa volúvel e maleável, que adapta seu comportamento e características conforme o ambiente.
Anos atrás, as pessoas ainda tentavam se comportar como o lagarto quando se falava em censura, mas hoje ela está tão presente que nem tentam mais se comportar como o tal.
Quanto à censura, se eu não me engano, estamos em 2007 e ainda tenho que me deparar com certas situações que consistem em suprimir formas de expressão, até informações e opiniões.
Essa é a palavra que não deveria combinar com a realidade, já deveria estar ultrapassada, mas a cada dia percebo que existirá sempre, sendo apenas camuflada, ou na pior das hipóteses, nem isso.
Apenas o que sinto é uma grande indignação ao citar o caso do Blogger egípcio que levou um “pensador” condenado a quatro anos de prisão por ter insultado o Islão e o presidente egípcio Hosni Mubarak.
O antigo estudante de direito Abdel Karim Suleiman, de 22 anos, que estava detido desde novembro por ter publicado oito textos a partir de 2004, teve o primeiro blogger a ser julgado no Egito, sendo condenado pelo Tribunal de Alexandria por suas mensagens on line.
No momento não se sabe quem tem mais medo no país árabe mais populoso do mundo, se são os vários grupos que temem que esta decisão possa contribuir para um clima de censura, ou se são, enfim, os “poderosos” que conseguiram condená-lo por um mero medo de quem ou do que possa ser revelado.
O Departamento de Estado Norte-Americano também condenou a decisão do tribunal egípcio, agora não sei se foi apenas para manter as aparências ou real decepção, infelizmente ando desconfiando de tudo, referente a este caso, mais do que o normal.
E como diz a música Censura, da Plebe Rude:
Hora pra dormir
hora pra pensar
Porra meu papai
deixa me falar.
Contra a nossa arte está a censura
abaixo a postura, viva a ditadura
Jardel com travesti, censor com bisturi
corta toda música que você não vão ouvir.
Nada para ouvir, nada para ler
nada para mim, nada pra você
nada no cinema, nada na TV
nada para mim, nada pra você .
Unidade repressora oficial .
A censura, a censura
única entidade que ninguém censura
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